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domingo, março 04, 2018

Saiba reconhecer os Sintomas de ansiedade

O que é Ansiedade?
A ansiedade é a expectativa de uma ameaça futura caracterizada pelo sentimento de desconforto, em conjunto com a preocupação excessiva e também do medo. Ela pode ser leve ou grave e é bem difícil de controlar, pois atinge um alto grau de intensidade em poucos minutos. Além disso, pode durar muito tempo e, geralmente, está acompanhada de sintomas físicos.
Todas as pessoas, sejam elas crianças ou adultas, já se sentiram ansiosos em algum momento da vida. Isso é normal, entretanto, para algumas pessoas, esse sentimento é mais frequente e intenso, prejudicando suas atividades diárias.
A sensação da ansiedade pode impactar de uma forma tão negativa a vida de quem a possui, que a pessoa acaba deixando de fazer coisas simples do dia-a-dia, somente com o intuito de prevenir o desconforto que sente.

Tipos

Existem vários tipos de transtorno de ansiedade, alguns deles são:

Agorafobia

As pessoas que tem Agorafobia tem medo de certos lugares ou situações que possam fazer com que eles se sintam presos, impotentes ou envergonhados. Esses sentimentos levam a ataques de pânico e, por isso,  quem sofre desse tipo de ansiedade acaba evitando certos lugares para evitar esses possíveis ataques.

Transtorno de ansiedade generalizada

As pessoas que sofrem de ansiedade generalizada estão constantemente preocupadas, até mesmo com atividades rotineiras ou que são consideradas “normais”, fazendo com que isso reflita até mesmo em sintomas físicos, como dor de cabeça, dores no estômago e perturbações no sono.

Transtorno obsessivo compulsivo (TOC)

Este tipo de ansiedade é uma das que mais causa sofrimento para quem a tem, pois é caracterizada por pensamentos ou compulsões repetidas que invadem a vida da pessoa. Situações obsessivas, como  se fechou o gás, trancou a porta ou desligou as tomadas são recorrentes.
Essas compulsões são atos repetitivos, realizados a todo momento e com a função de aliviar os sintomas trazidos pelas obsessões, como, por exemplo, abrir e fechar a janela várias vezes, arrumar repetidamente instrumentos de trabalho, entre outros.

Síndrome de pânico

É caracterizada pela ocorrência de crises repentinas e repetidas de ansiedade, medo ou terror em questão de poucos minutos, acompanhadas de sintomas físicos, como falta de ar, dor no peito e batimentos cardíacos rápidos ou irregulares. As pessoas que sofrem desse tipo de ansiedade podem evitar situações em que os ataques já tenham ocorrido,  a fim de se sentirem melhores.

Mutismo seletivo

O mutismo seletivo está mais presente nas crianças e pode ser  caracterizado como a incapacidade de falar em lugares e situações específicas, mesmo quando é capaz, como na escola, em casa e em outras situações corriqueiras. Esse tipo de crise acaba interferindo na sua vida pessoal e social.

Fobias específicas

Esse tipo de ansiedade é caracterizado por um medo severo. Quando você é exposto a ele, um forte desejo de evitá-lo surge. Alguns exemplos de fobias específicas são: medo de aranhas (aracnofobia), medo de lugares fechados (claustrofobia) ou medo de palhaços (coulrofobia).

Pós Traumática

Ocorre depois que a pessoa passa por um grande evento traumático, como assaltos, desastres naturais, acidentes, guerras ou outros. Nos sintomas, estão inclusos sonhos perturbadores, flashbacks e, até mesmo, dificuldade para relaxar em certos momentos. As pessoas que sofrem de crises pós traumática podem acabar evitando, também, coisas relacionadas com o trauma vivido.

Transtorno de ansiedade de separação

Está muito presente na vida das crianças e é marcada pela ansiedade de quando a mesma é separada de seus pais ou responsáveis. Apesar de ser uma parte normal do desenvolvimento infantil, a maioria das crianças leva em torno de 18 meses para superá-lo. Um exemplo nítido disso é o primeiro dia na escolinha ou quando os pais voltam a trabalhar e passam longos períodos distante de seus filhos.

Causas

Não se sabe ainda quais são as reais causas da ansiedade. Entretanto, pode ser compreendida entre as experiências vividas pela pessoa e que acabam por ser traumáticas, além de características hereditárias ou, até mesmo, um efeito colateral de algum medicamento que é tomado diariamente.
Todavia, para algumas pessoas, a ansiedade pode estar ligada a fatores de problemas de saúde e pode ser o primeiro sinal de uma doença física, como por exemplo:
  • Doenças cardíacas;
  • Diabetes;
  • Hipertireoidismo;
  • Abstinência a drogas (álcool e/ou outras drogas), ou até mesmo o abuso delas;
  • Doenças respiratórias;
  • Tumores raros que causam mudanças nos hormônios.

Grupos de risco

As pessoas que estão mais suscetíveis a sofrer de algum tipo de ansiedade são:
  • Pessoas com familiares que apresentam ansiedade;
  • Pessoas que sofreram algum tipo de abuso durante a vida, seja ele emocional ou físico;
  • Pessoas que passaram por choques intensos como assaltos, acidentes desastres naturais e etc.;
  • Pessoas com doenças psicológicas como depressão, esquizofrenia, bipolaridade e etc.;
  • Pessoas que sofrem de doenças cardiovasculares ou com o sistema respiratório frágil;
  • Pessoas que abusam de medicamentos excitantes;   

  • Sintomas da Ansiedade
Os sintomas podem variar muito de pessoa para pessoa, entretanto, quando se entra em estado de alerta, causado pela ansiedade, o corpo reage de maneira bem específica para a ansiedade.

Sintomas psicológicos

Alguns sintomas, embora não sejam sentidos na pele, são sentidos psicologicamente, são eles:
  • Medo Irracional;
  • Sensação de nervosismo, agitação ou de que algo ruim irá acontecer;
  • Desejo de evitar coisas que provocam a ansiedade;
  • Obsessões sobre certas ideias.

Sintomas Físicos

Embora grande parte dos sintomas da ansiedade sejam psicológicos, é possível sentir alguns sintomas físicos mínimos que podem passar despercebidos, são eles:
  • Roer unhas;
  • Aumento da frequência cardíaca ou dor no peito;
  • Respiração rápida ou hiperventilação;
  • Transpiração intensa e fria;
  • Espasmos musculares;
  • Fraqueza;
  • Dificuldade em se concentrar;
  • Insônia;
  • Problemas digestivos ou gastrointestinais (diarreia, constipação);

Diagnóstico

A ansiedade pode ser difícil de diagnosticar e, em alguns casos, pode até mesmo ser difícil de diferenciá-las de outras doenças psicológicas, como a depressão.
Por isso, procure sempre um médico psiquiatra, ou um terapeuta, se sentir que a ansiedade está atrapalhando sua rotina diária e causando-lhe sofrimento. Esse especialista irá procurar, antes de tudo, entender a origem das crises.

Alguns critérios do diagnóstico são:

  • Preocupação excessiva durante a maioria dos dias, durante um período de, no mínimo, seis meses em relação a alguma atividade/evento;
  • Preocupação difícil de controlar e bastante abrangente;
  • Apresentar, pelo menos, três dos sintomas já relatados;
  • Sintomas que causam sofrimento ou comprometimento em áreas importantes (social, profissional).

Tratamento

O tratamento para a ansiedade pode ser feito de duas maneiras:
  1. Terapia com um profissional especializado.
  2. Medicamentos que podem ser divididos em quatro categorias:
  • Naturais;
  • Ansiolíticos;
  • Antidepressivos;
  • Antipsicóticos.
Pode ser também que o profissional que for lhe atender resolva te medicar e, ainda,  continuar com a psicoterapia, para a obtenção de melhores resultados.

Tipos de terapia

Psicanálise

Esta técnica estimula que o paciente expresse-se sem censura e faça associações livres entre pensamentos, fantasias, emoções e sonhos. O analista faz o papel de um ouvinte atento e, de tempos em tempos, interrompe o paciente para que ele reflita sobre os significados que podem estar ocultos em suas falas, como uma maneira de desvendar o inconsciente.

Junguiana

Enquanto a psicanálise é mais retrospectiva, a junguiana procura trabalhar de maneira mais prospectiva, vislumbrando o futuro. Neste tipo de terapia, o paciente buscará superar seus conflitos e, para acessar seu inconsciente, o terapeuta utiliza os sonhos do paciente. Ele também usa o chamado “inconsciente coletivo”, que são imagens, pensamentos e experiências comuns a todos, que interferem na saúde emocional.

Lacaniana

O método utilizado é a tática livre de associação, para fazer com que o paciente reflita sobre seus problemas, entretanto, existem maiores interrupções do terapeuta. O analista pode quebrar a continuidade da sessão no momento que julgar importante, ainda que seja de forma brusca, e pedir para o paciente pensar sobre o que falou.

Cognitivo Construtivista

Neste método, além de analisar o que o paciente pensa e faz, a terapia ainda avalia o papel do sistema nervoso central em problemas que são, aparentemente, apenas psicológicos.

Terapia Reichiana (psicologia corporal)

Neste método, os terapeutas trabalham com a ideia de que os sentimentos reprimidos, como medo, angústia, raiva ou outros, são refletidos no corpo em forma de problemas físicos.

Analítico Comportamental

Este método baseia-se na percepção de que os estímulos do ambiente podem modelar nosso comportamento. Por isso, o terapeuta propõe estratégias comportamentais que podem gerar mudanças na vida do paciente.

Cognitivo comportamental

Neste método, acredita-se que a maneira como as pessoas interpretam suas experiências determina como elas se sentem e se comportam. Utiliza estratégias para corrigir distorções de pensamentos, como ter uma visão muito negativa de si mesmo.

Gestalt-terapia

Os pacientes são analisados em relação ao meio em que vivem, amigos, família, trabalho e suas atitudes nesse meio. O terapeuta ouve o cliente, mas presta atenção em gestos, posturas, tom de voz e expressões faciais.
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